quinta-feira, 30 de abril de 2015

O Auto da Barca do Inferno

Saída pedagógica para assistir à peça teatral - 30 de abril de 2015.
Fez parte das aulas de português (literatura).


Peça teatral (dividida em cenas e atos) escrita por GIL VICENTE em 1517.


O AUTO proporciona uma amostra do que era a sociedade lisboeta (de Lisboa - Portugal) das décadas iniciais do século XVI, embora alguns dos assuntos abordados sejam pertinentes na atualidade.


A peça tem como cenário um porto onde se encontram duas barcas uma leva ao inferno e a outra para o paraíso, sendo a primeira guiada pelo diabo e a segunda por um anjo e sendo da decisão deles quem entra ou não em suas barcas.


Depois de mortas, as personagens ficam entre as barcas que leva ao paraíso e inferno para o julgamento. Uma a uma, as pessoas passam por julgamentos que levam em conta sua conduta na Terra. E é exatamente esse julgamento que decide entre a salvação e a perdição, destino da maioria das personagens.




RESUMO DO LIVRO:

Auto da Barca do Inferno, Obra de Gil Vicente que consegue se mostrar contemporânea.

Não é á toa que o livro “Auto da Barca do Inferno” de Gil Vicente, um clássico da literatura seja obrigatório, ele retrata a sociedade portuguesa do século XVI e ao mesmo tempo possui temas atuais, com uma boa sátira a sociedade

O Auto é uma peça teatral, divida em cenas e atos, escrita em 1517. O cenário desta obra é um porto onde se encontram duas barcas, uma leva ao inferno e a outra ao paraíso, uma guiada por um diabo e a outra por um anjo, e sendo da decisão deles quem entra ou não em suas barcas




Chegada e julgamento das almas
O primeiro personagem é o fidalgo, representante da nobreza e do luxo, e que em vida foi tirano e vivia de luxúria. O diabo diz que aquela é sua barca e que ele deve entrar ali. Ele se recusa e diz que muitas pessoas rezam por ele. Ao pedir para entrar na barca do anjo que leva ao paraíso seu pedido é negado devido aos pecados que cometeu. Ele se dirige para a barca do inferno e tenta convencer o diabo a ver sua amada, porém o diabo revela que ela o enganava.


O próximo personagem é o Onzeneiro, uma espécie de agiota da época, ele tenta convencer o anjo a deixá-lo ir para o paraíso mais o pedido é negado pois ele foi ganancioso e avarento. Ele tenta subornar o diabo, e diz que quer voltar para pegar toda a sua riqueza acumulada, porém o pedido é negado e ele entra na barca do inferno.


Depois, vem Joane, chamado de Parvo, que significa um tolo e inocente, que vivia de forma simples. O diabo tenta enganá-lo para entrar na barca, mais quando ele descobre o destino corre para conversar com o anjo que por fim devido a sua humildade o autoriza a subir na barca.


A próxima alma a chegar é a do sapateiro, que chega com todos os seus instrumentos de trabalho. Ele se julga trabalhador e inocente, por isso pede ao anjo para deixá-lo ir ao paraíso, o pedido, porém é negado já que ele roubou e enganou seus clientes. Ele então entra na barca do diabo. 


O quinto a chegar é o frade, que segue em direção ao anjo convicto que por ser um membro da igreja ali é seu lugar. Mas ele chega com sua amante e é condenado pelo anjo por falso moralismo religioso, portanto deve ir para o inferno. Indignado ele segue seu destino. Brísida Vaz é a próxima, uma alcoviteira que chega até o anjo com o argumento de possuir seiscentos virgos postiços, que seriam hímens. Isso deixa a entender que prostituía meninas virgens. Ela é condenada por bruxaria e prostituição, e entra então na barca do diabo.


Em seguida chega o Judeu, de nome Semifará, acompanhado de um bode. Nem o anjo ou o diabo o quer em sua barca. Ele não pode chegar perto do anjo acusado de não aceitar o cristianismo, e então tenta convencer o diabo a levá-lo, que aceita com a condição que ele irá rebocado e não dentro da barca. Está é uma crítica ao movimento que acontecia na época, em que muitos judeus foram expulsos de Portugal e os que ficaram deveriam se converter.


Por fim chegam os representantes da lei, um corregedor e um procurador, que aparecem com seus livros e processos nas mãos e tentam argumentar sua entrada no céu. Porém são impedidos e acusados por manipular a justiça para o bem próprio. Eles seguem para a barca do inferno, onde parecem já conhecer a alcoviteira.


Os últimos a chegarem são quatro cavaleiros que lutaram e morreram defendendo o cristianismo, por isso são perdoados de seus pecados e seguem para a barca do anjo.


Gil Vicente mostra nesta obra os valores da época, fazendo uma sátira social e demonstrando que aqueles que acumulam e não pensam no bem e nas leis de Deus em vida, merecem o inferno como destino.




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